Especial Pascoa: Uma historia de amor
O "Especial Páscoa" começa hoje com uma grande história de amor e de muita dor. Na verdade, é a maior história de amor que há.
Nemhum ser humano pode dizer que nunca foi amado, ou que nunca ninguém sofreu por ele.
Todos já conhecem essa história mas vale a pena e é necessário relê-la.
Muito amor e muita dor
"E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou de parte os seus doze discípulos e no caminho disse-lhes:
Eis que vamos para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condena-lo-ao à morte.
E o entregarão aos gentios para que dele escarnecam, o acoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitara."
(Mateus 20. 17 ao 19)
Jesus já sabia o que o aguardava. Mas não pensou em desistir.
No Getsemani, veio a angústia e como ser humano que era, temeu todo o sofrimento que passaria mas ainda assim, se manteve obediente à vontade do Pai.
Ele era Deus e estava ali como homem, um homem de origem pobre e muito comum que não chamava atenção de ninguém.
Jesus foi traído, preso e levado para o julgamento.
Qual a acusação?
Nem os seus inimigos sabiam:
"... buscavam falso testemunho contra Jesus...
E não o achavam; apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas..."
Não havia motivos, Jesus não cometeu nenhum crime ou pecado mas ele foi condenado por falar a verdade:
"Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder e vindo sobre as nuvens do céu.
Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? (...)
Que vos parece? E eles, respondendo. disseram: É réu de morte.
Jesus estava só. Não podia contar com ninguém, nem mesmo com seus amigos.
Era arriscado naquele momento, para qualquer um, se colocar ao lado de Jesus.
Mas ali ele estava exposto por todos:
"Então, cuspiram-lhe no rosto e lhe davam socos, e outros o esbofeteavam,
Dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?"
(Mateus 26. 59 ao 68)
Isso era só o começo de toda a dor e escárnio que ele sofreria.
E por que?
Por quem?
Enquanto o Senhor apanhava e sofria afronta, o seu discípulo Pedro afirmava que não O conhecia. (Mateus 26.72)
Do sinedrio Jesus foi levado até o governador Pilatos.
Este o interrogou também com insistência sobre as acusações contra ele mas o Filho de Deus se mantinha calado, pois sabia que de nada adiantava responder.
Jesus ainda trocou algumas palavras com Pilatos e o governador sabia que ele era inocente mas tratou de "lavar suas mãos".
Pilatos o encaminhou a Herodes.
Diante de Herodes o Senhor não disse nada.
"E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente..."
(Lucas 23.11)
Jesus novamente na frente de Pilatos, o tumulto crescia, os príncipes dos sacerdotes, anciãos e escribas gritavam pedindo sua morte, o povo gritava por Barrabas...
Pilatos atendeu: soltou o criminoso Barrabas e entregou Jesus para ser morto.
Mas ainda tinha os açoites e mais dor e afrontas:
"E despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate;
E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana, então ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.
E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana e batiam-lhe com ela na cabeça.
E, depois...
tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes, e o levaram para ser crucificado."
(Mateus 27. 28 ao 31)
Humilhação, zombaria, dor e crueldade.
Foi o que o Filho de Deus suportou.
Ele precisava?
"E, chegando ao lugar chamado Golgota...
Deram-lhe a beber vinagre misturado com fel, mas ele, provando-o, não quis beber.
E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sortes...
E os que passavam blasfemavam dele, balançando as cabeças...
(Mateus 27. 33 ao 35)
Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.
... Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo.
(...) Também os que com ele foram crucificados [os dois criminosos] o injuriavam.
(Marcos 15. 30, 31, 32)
Jesus pregado na cruz, mãos e pés traspassados, agonia sem fim e ainda assim, as afrontas não paravam.
Blasfemias contra o Filho de Deus.
Aquele homem de aparência tão simples e origem insignificante que fora desprezado e humilhado pelos líderes dos judeus, era ele o próprio Deus.
Sangue, dor e fel.
Aquela sexta-feira estava obscura:
"E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra..."
(Mateus 27.45)
Aquele homem estava na cruz não por ele.
Tudo tinha um propósito.
Você já ouviu outra história assim?
Alguém já demonstrou tamanho amor assim?
"E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: (...) Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou."
(Mateus 27.46 e Lucas 23.46)
Foi torturante, humilhante, agonizante, mas Ele foi até o fim.
Sofreu tanto que se sentiu só, completamente só.
Ter que suportar toda a afronta e dor sem merecer e ainda obedecer e amar.
Você nunca vai encontrar outro exemplo como esse.
Eu agora retomo as perguntas:
Por que? Por quem?
"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e moído por causa das nossas iniquidades..."
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro...
(Isaías 53. 5 e 7)
Não, não podemos reclamar que não há amor ou que não somos importantes.
A maior prova de amor foi dada naquele dia.
O tanto que Ele sofreu por nós sendo ele santo e nós pecadores.
Merecíamos tamanha entrega e amor? Jamais.
Mas se Jesus fez isso por nós é porque há esperança para o pecador.
E se há esperança vamos nos agarrar a ela e honrar esse sacrifício.
Quando formos tentados a reclamar, pecar e desistir, vamos nos lembrar do que Cristo passou por nós.
Ele reclamou, ele pecou ou desistiu? Não.
E se ele se entregou assim foi para ser o nosso Salvador (pois todo ser humano precisa de salvação).
Então, eu nunca vi uma história de amor tão linda assim. E você?
Nós nunca podemos dizer que ninguém um dia nos amou.
Porque a prova está registrada na História e na Bíblia Sagrada sobre aquela sexta-feira de dor e amor.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigenito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
(João 3.16)
O "Especial Páscoa" continua no sábado.
Até lá e obrigada pela visita.
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